Mãe de pacientes do TFD diz que secretaria dificulta acesso de filhos ao tratamento, prefeitura nega.


Uma uauaense mãe de duas pacientes do Programa Tratamento Fora do Domicilio – TFD, usou as redes sociais, especialmente no Facebook e trouxe relato de situação que classificou de maneira desrespeitosa, quando ao tentar agendar o retorno das mesmas a Salvador, e foi surpreendida pela nova abordagem do atendimento do TFD municipal.





Confira a nota de repúdio emitida pela mãe das pacientes:





NOTA DE REPÚDIO





Venho por meio dessa rede social, externar o meu total repúdio a Secretaria Municipal de Saúde de Uauá – BA, por dificultar o acesso ao tratamento de minhas filhas.






Desde 2002 que ambas, fazem tratamento/ acompanhamento médico continuado no Hospital Irmã Dulce em Salvador – BA, exigindo o comparecimento das mesmas mensalmente. Diante disso, as minhas filhas, hoje, com 18 e 13 anos, estão inseridas no Programa de Tratamento Fora do Domicilio – TFD que é gerenciado pelo município.






O acompanhamento estava acontecendo tranquilamente, de forma regular, sem nenhuma intercorrência até o presente momento.





Ocorre que, como Mãe, responsável por minhas filhas fui até Secretaria Municipal de Saúde para agendar retorno das mesmas a Salvador, e fui surpreendida pela nova abordagem do atendimento do TFD municipal.






A consulta médica das mesmas em Salvador será no dia 05/02/2021(sexta-feira). Me dirigi a Assistente Social do TFD para solicitar o agendamento da viagem e a mesma informou que não seria possível liberar as passagens de ônibus, e me disse que: “SE EU QUIZER IR” teria que ir na Topic do município, na data de 03/02/2021, (quarta-feira), tendo que ficar 03 dias sem poder trabalhar, e ainda ficar em Salvador sem fazer nada, gerando despesa, que por mais que eu e minhas filhas sejamos acolhidas na Casa de Apoio com alimentação e hospedagem, exige de mim comprar lanches e me impede de trabalhar, ganhar o meu “Pão de cada dia” para manter a mim e minha família. Fiz a solicitação de passagens de ônibus, pois, seria o meio mais viável e sempre foi dessa forma que fomos atendidas. Por ser negado a nós esse direito, não ficou claro, quando fui atendida pela Assistente Social, que ao invés, de acolher a minha família, por se tratar de um direito garantido para as minhas filhas, ela somente me obriga a optar por meios que nos prejudique financeiramente. Primeiro, que eu arcasse com as despesas indo por conta própria gerando uma despesa de mais de 700,00 reais, ou nos dando a única opção de ir na Topic 03 dias antes para ficar em Salvador sem fazer nada, gastando e me impedindo de trabalhar.






Eu repudio a SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE pela maneira desrespeitosa, que tem nos tratado. Além de ter que conviver com incertezas, pois não nos dão a certeza devida, nos deixando vulneráveis com medo de não sermos atendidos e prejudicar o tratamento médico das minhas filhas. Além de ficarmos vulneráveis, amedrontados diante de uma Pandemia, com risco de adquirir o Covid 19.





Exijo acima de tudo respeito, pois, não tiramos do bolso de vocês aquilo que nos é assegurado por lei. Desejo que tenham mais responsabilidade, empatia diante desse Programa, pois, já estamos fragilizados demais porque somos obrigados a sair de nossas casas, nosso conforto, nossa rotina em busca de lutar por saúde.





Atenciosamente,





Rosália Pereira da Silva
Mãe de Beneficiárias do Programa TFD
Cidadã Uauaense.





Entramos em contato com o secretário municipal de Saúde, Jorge Lobo, ele disse que "Todos os direitos foram oferecidos. A mãe não aceitou. Estaremos sempre. A disposição da população". Pontuou.






Postar um comentário (0)
Postagem Anterior Próxima Postagem